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25/05/2016

| Crónicas da vida airada (ou não) #5 |

Durante a semana, quando regresso ao trabalho depois de almoço (sim, porque sou uma sortuda que vive a cerca de 5 minutos a pé do local de trabalho, o que dá um jeitaço a vários níveis como, por exemplo, almoçar em casa, despreocupação total com estacionamento ou, o melhor de tudo para uma das maiores dorminhocas deste país, ficar na cama até ao último minuto possível), dizia eu, durante a semana, quando regresso ao trabalho depois de almoço, cruzo-me várias vezes com um casal de namorados bem novinhos (devem ter uns 17 anos) que se plantam na minha rua. Sim, porque a minha rua é pequenina, de um sentido apenas, onde passam pouquíssimos carros e com degraus à entrada das casas que quase pedem para nos sentarmos ali.
São um casal muito querido e, quando passo, normalmente estão aos beijinhos e abraços, num tom ingénuo e quase infantil, ou em conversas divertidas e descontraídas, típicas de quem está apaixonado e tem 17 anos.
A última vez que os vi o ambiente estava algo diferente. A miúda estava com um problema qualquer, não sei se sério ou não, com um semblante triste e preocupado. Estavam sentados nas escadas do costume, lado a lado, ela com a cabeça pousada no ombro dele, de olhar meio perdido, ele a abraçá-la enquanto, com a mão livre, lhe fazia festas no cabelo.
Achei a imagem tão ternurenta e sincera que, por momentos, essa mesma imagem me transportou aos meus 17 anos, tão verdadeiros e ingénuos e cheios de sonhos e amores correspondidos ou não, e senti um aperto pequenino de melancolia e saudade.
Aposto que a próxima vez que me cruzar com o jovem casal na minha rua eles vão estar a trocar beijinhos e risos e abraços enamorados e quase infantis. 
Como nunca deveria deixar de ser.

13 comentários:

Queen disse...

Tão bom. Porque é que não é sempre assim?

Susana Alvarez disse...

Ai onde vão os meus 17 anos... tenho saudades de ter essa idade, não tanto em relação aos amores, aos dramas dessa época que agora parecem tão pequeninos, tão insignificantes, mas principalmente da despreocupação com que lidava com tudo o que era importante. Contas para pagar eram o último dos meus problemas mas cancelarem uma festa era o fim do mundo. Pelo menos até ao fim do mundo seguinte... daí a 2 ou 3 dias.

Beijinho.
Lilium
O Meu Dolce Far Niente
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Carla Ramalho disse...

É tão bom ser adolescente, onde o mundo acaba num dia e recomeça novamente no outro, bons velhos tempos :)
Beijinhos ...
Guloso qb

Virgínia Ferreira disse...

Esta tua história também me fez lembrar os meu 17 anos :)
Beijinhos
http://virginiaferreira91.blogspot.pt/2016/05/shein-favorites.html

Anónimo disse...

Que delicia!!
Obrigada pela visita ao meu cantinho! Adorei o seu... fiquei fã!

Chic' Ana disse...

Espero bem que sim, que a felicidade esteja estampada no rosto deles.
Beijinhos

Joana disse...

Às vezes acho que há amores ou simplesmente sentimentos que só podem ser vividos e sentidos nessa fase da "inocência".

disse...

Que lindo!
É realmente nessa fase da inocência" que os sentimentos são mais fáceis e é tudo tão simples e amoroso :)

A Senhora do Trevo disse...

Esta história é linda e faz lembrar a minha porque começou assim já lá vão quase 28 anos. Beijinhos ;)

Os olhares da Gracinha! disse...

Isso mesmo...como nunca deveriam deixar de ser!
Bj

Ana Freire disse...

Nem mais!... Subscrevo o que diz a Graça! Como nunca deveria deixar de ser...
E oxalá que tal aconteça mesmo, na próxima vez, que os vires...
Bjs
Ana

Avelã disse...

Que história tão bonita! :D
(a tua rua é um sonho :P)

Manuel Luis disse...

Como nunca deveria deixar de ser. Vã-mo-nos servir dessa receita e alimentar o que temos hoje. Tu na tua rua e eu no meu campo. É tão fácil fazer os outros felizes com carinho! Parece tudo tão simples, são gestos que se aprendem e ficam para sempre se formos humildes. Também fico com saudade do tempo diferente e com um pequenino aperto.
Bj